O que é paralisia cerebral?
A paralisia cerebral é uma lesão cerebral que
acontece, em geral, quando falta oxigênio no cérebro do bebê durante a
gestação, no parto ou até dois anos após o nascimento - neste caso, pode ser
provocada por traumatismos, envenenamentos ou doenças graves, como sarampo ou
meningite.
Dependendo
do local do cérebro onde ocorre a lesão e do número de células atingidas, a
paralisia danifica o funcionamento de diferentes partes do corpo. A principal
característica é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que
causa tensão e inclui dificuldades de força e equilíbrio. Em outras palavras, a
lesão provoca alterações no tônus muscular e o comprometimento da coordenação
motora. Em alguns casos, há também problemas na fala, na visão e na audição.
Ter
uma lesão cerebral não significa, necessariamente, ser acometido de danos
intelectuais, mas em 75% dos casos as crianças com paralisia cerebral acabam
sofrendo comprometimentos cognitivos.
Como lidar com a paralisia cerebral na escola?
Como lidar com a paralisia cerebral na escola?
Para
dar conta das restrições motoras da criança com paralisia cerebral, vale
adaptar os espaços da escola para permitir o acesso de uma cadeira de rodas,
por exemplo. Na sala de aula use canetas e lápis mais grossos, envoltos em
espuma e presos com elástico para facilitar o controle do aluno. Os papeis são
fixados em pranchetas para dar firmeza e as folhas avulsas, nesse caso, são
mais recomendáveis que os cadernos. O professor deve escrever com letras
grandes e pedir para que o aluno com paralisia cerebral sente-se na frente, se
possível, com uma carteira inclinada, que dá mobilidade e facilita a escrita.
Se o
aluno apresentar problemas na fala e na audição, providencie uma prancha de
comunicação, para que ele se expresse pela escrita. Caso isso não seja
possível, o professor pode preparar cartões com desenhos ou fotos de pessoas e
objetos significativos para o aluno, como os pais, os colegas, o professor, o
time de futebol, diferentes comidas, o abecedário e palavras-chave, como
"sim", "não", "sede", "banheiro",
"entrar", "sair" etc. Assim, para indicar o que quer ou o
que sente, o aluno aponta para as figuras.
Em
alguns casos, a criança com paralisia cerebral também precisa de um cuidador
que a ajude a ir ao banheiro ou a tomar o lanche. Mas, vale lembrar, que todos
devem estimular a autonomia da criança, respeitando suas dificuldades e
explorando seus potenciais.
Revista Nova Escola
Vítor |
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